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Como a associação entre fisioterapia e estimulação magnética transcraniana pode ajudar a melhorar a marcha

Foto do escritor: Dra Rachel GuimaraesDra Rachel Guimaraes



Como a fisioterapia e EMT podem ajudar na melhora da marcha
Como a fisioterapia e EMT podem ajudar na melhora da marcha

A marcha é um dos movimentos mais complexos e fundamentais para a independência funcional. Ela depende da interação precisa entre o sistema nervoso central, o sistema nervoso periférico, os músculos e as articulações. Quando essa interação é comprometida, surgem alterações que podem impactar gravemente a mobilidade e a qualidade de vida.


O que são alterações na marcha?

As alterações na marcha são padrões anormais de movimento durante a locomoção. Elas podem variar desde uma leve instabilidade até dificuldades graves que requerem assistência para caminhar.


Causas comuns incluem:

- Condições neurológicas:

- Doença de Parkinson: marcha lenta, com passos curtos e episódios de congelamento da marcha.

- Acidente Vascular Cerebral (AVC): dificuldade em movimentar um lado do corpo, levando a uma marcha assimétrica.

- Esclerose Múltipla: fraqueza muscular, espasticidade e falta de coordenação que afetam o equilíbrio e a capacidade de controlar os músculos de maneira harmiosa.

- Lesões cerebrais traumáticas: comprometem a comunicação entre o cérebro e os músculos.


- Condições musculoesqueléticas:

- Artrite: dor e rigidez que limitam a amplitude de movimento.

- Fraqueza muscular generalizada, como na sarcopenia associada ao envelhecimento.


- Outras causas:

- Distúrbios vestibulares, que afetam o equilíbrio.

- Complicações metabólicas, como neuropatia diabética.


Como tratar alterações na marcha?

O tratamento varia de acordo com a causa subjacente e pode incluir:

- Fisioterapia para melhorar força, equilíbrio e coordenação.

- Dispositivos auxiliares, como bengalas ou andadores.

- Terapias farmacológicas para doenças neurológicas.

- Estimulação Magnética Transcraniana (EMT).


O papel da EMT no tratamento das alterações na marcha

A Estimulação Magnética Transcraniana é uma técnica não invasiva que utiliza campos magnéticos para modular a atividade de áreas específicas do cérebro. Ela tem se mostrado especialmente eficaz no tratamento de condições neurológicas associadas a alterações na marcha.


Como a EMT ajuda?

1. Estimulação do córtex motor:

- A EMT ativa o córtex motor, que controla os movimentos voluntários, ajudando a melhorar a coordenação e a força muscular.


2. Redução do congelamento da marcha:

- Em pacientes com Parkinson, a EMT tem demonstrado resultados promissores na redução de episódios de congelamento, permitindo um padrão de caminhada mais fluido.


3. Recuperação após AVC:

- Estimula áreas do cérebro que podem contribuir para a melhora de funções perdidas, melhorando assim a simetria e a eficácia da marcha.


4. Controle da espasticidade:

- Diminui a rigidez muscular, facilitando movimentos mais naturais e eficientes.


5. Melhora do equilíbrio:

- Ao modular as áreas cerebrais responsáveis pelo controle postural, a EMT ajuda na estabilidade durante a marcha.


Resultados práticos da EMT

Doença de Parkinson: Estudos mostram que a EMT pode reduzir a rigidez muscular e melhorar o controle motor, incluindo a superação do congelamento da marcha.


Acidente Vascular Cerebral: Pacientes em reabilitação pós-AVC que combinam EMT com fisioterapia têm maior chance de recuperar padrões de marcha mais funcionais.


Esclerose Múltipla: A EMT contribui para a diminuição da fadiga e da fraqueza muscular, permitindo maior independência na locomoção.


Fisioterapia e EMT: uma parceria eficaz

A combinação de fisioterapia e EMT oferece um potencial sinérgico para tratar alterações na marcha. Enquanto a fisioterapia trabalha diretamente no fortalecimento muscular e na reeducação funcional, a EMT modula o cérebro para otimizar esses ganhos.


Por exemplo, após uma sessão de EMT, o cérebro pode estar mais receptivo aos exercícios terapêuticos, acelerando o processo de reabilitação.


As alterações na marcha são um desafio comum para pessoas com condições neurológicas ou musculoesqueléticas, mas abordagens modernas como a EMT oferecem novas possibilidades para tratamento. Quando aliada a terapias tradicionais, a EMT pode melhorar significativamente a mobilidade e a qualidade de vida dos pacientes.


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