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Treino de Marcha em Doenças Neurológicas: Como a Fisioterapia Ajuda a Recuperar Mobilidade e Prevenir Quedas

  • Foto do escritor: Dra Rachel Guimaraes
    Dra Rachel Guimaraes
  • 18 de ago.
  • 3 min de leitura


Treino de marcha
Treino de marcha

A capacidade de caminhar é um dos movimentos mais importantes para a nossa independência. No entanto, quando o sistema nervoso é afetado por doenças como AVC, Parkinson, esclerose múltipla ou atrofia de múltiplos sistemas, a marcha pode ser comprometida. O paciente passa a apresentar dificuldades para iniciar os passos, manter o equilíbrio, coordenar os movimentos e, muitas vezes, sofre com quedas recorrentes.


Nesse cenário, o treino de marcha oferecido pela fisioterapia neurofuncional desempenha um papel central na reabilitação. Mais do que reaprender a andar, o objetivo é promover autonomia, segurança e qualidade de vida, reduzindo complicações associadas à perda da mobilidade.


O que é o treino de marcha e por que ele é tão importante?


O treino de marcha é um conjunto de técnicas e exercícios voltados à reeducação da forma de caminhar. Ele atua diretamente nos mecanismos neurológicos e musculares, ajudando o cérebro e o corpo a reaprenderem padrões mais funcionais de movimento.


Quando falamos em doenças neurológicas, esse processo é essencial porque os sintomas motores, como rigidez, lentidão, tremores ou alterações do equilíbrio, afetam de forma significativa a marcha. O resultado é um caminhar inseguro, que aumenta o risco de quedas e acelera a perda de independência.


Com o treino adequado, o paciente pode recuperar confiança para realizar atividades do dia a dia, movimentar-se com maior fluidez e até mesmo participar de interações sociais com mais segurança, fatores que impactam diretamente a saúde física e emocional.


Como a fisioterapia neurofuncional atua no treino de marcha


O fisioterapeuta especializado em neurologia utiliza diferentes abordagens para adaptar o treino às necessidades de cada paciente. Entre as estratégias mais utilizadas estão:


Exercícios de equilíbrio e fortalecimento, que preparam o corpo para sustentar uma caminhada mais estável;

Cueing visual e auditivo, recurso muito eficaz para pacientes com doença de Parkinson que apresentam bloqueios súbitos (freezing da marcha);

Treino em esteira com suporte de peso, indicado para quem apresenta instabilidade importante, permitindo passos mais seguros;

Exercícios funcionais e de dupla tarefa, que simulam situações da vida real, preparando o paciente para caminhar em ambientes diferentes e realizar atividades simultâneas;

Orientações de prevenção de quedas e adaptações ambientais, que reduzem riscos dentro e fora de casa.


Mais do que melhorar a marcha, essas técnicas estimulam a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro de criar novas conexões e se adaptar. Isso significa que, com o treino repetitivo e direcionado, o paciente pode reaprender movimentos e conquistar ganhos progressivos.


Benefícios do treino de marcha para pacientes neurológicos


Os resultados do treino de marcha vão muito além da mobilidade. Entre os principais benefícios, destacam-se:


Prevenção de quedas: quedas são um dos maiores riscos em doenças neurológicas, podendo gerar fraturas, hospitalizações e perda da independência.

Melhora da autonomia: ao recuperar a confiança para andar, o paciente consegue realizar atividades diárias com menos dependência de cuidadores.

Qualidade de vida: movimentar-se com segurança impacta diretamente o bem-estar, reduz o isolamento social e melhora a autoestima.

Estímulo global à saúde: andar mais e com segurança ajuda a combater o sedentarismo, melhora a função cardiovascular e promove maior vitalidade.


Para quem o treino de marcha é indicado?


O treino de marcha é recomendado para pacientes que apresentam alterações motoras decorrentes de doenças neurológicas. Entre elas:


Acidente Vascular Cerebral (AVC);

Doença de Parkinson e parkinsonismos;

Atrofia de múltiplos sistemas (AMS);

Esclerose múltipla;

Lesões medulares;

Ou condições que afetam equilíbrio e coordenação.


Em todos esses casos, o acompanhamento fisioterapêutico é fundamental para adaptar o tratamento ao estágio da doença e às necessidades individuais.


O treino de marcha em doenças neurológicas é muito mais do que um recurso de fisioterapia: é um instrumento para devolver ao paciente independência, segurança e qualidade de vida. Ao prevenir quedas e estimular a plasticidade cerebral, o fisioterapeuta ajuda o paciente a retomar sua mobilidade e preservar a autonomia pelo maior tempo possível.


Quanto mais cedo esse processo for iniciado, melhores serão os resultados. Por isso, se você ou um familiar enfrenta dificuldades para caminhar devido a uma condição neurológica, procure avaliação especializada e inicie o tratamento o quanto antes.






 
 
 

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